10 Coisas que odeio em séries Américanas

28-06-2009 15:19



1 – Atores adultos interpretando personagens adolescentes: Todos sabemos que isto é uma característica muito presente, principalmente nas séries que tratam do universo teen. Poderíamos realmente acreditar que Ryan Atwood, Marissa Cooper e companhia realmente estavam no High School? E mesmo não só aparentemente falando, suas personalidades não condiziam com sua pouca idade. Naturalmente maduros, Nathan e Haley decidem se casar, viver sozinhos e enfrentar a dura vida adulta antes do tempo, assim como Brooke decidiu carregar uma empresa, uma filha adotiva e encara a possibilidade de estar sempre com seu coração fechado para o amor. O pessoal do famoso CEP, 90210, confunde com metade do elenco com cara de puberdade e a outra metade com cara de crise dos trinta anos.

2 – Saltos longos no tempo: Quando elas acontecem, sempre nos deixam a dúvida: conseguirão explicar os acontecimentos anteriores até que estes cheguem no tempo atual? O espaço temporal nunca ultrapassa de três a cinco anos e muitas das vezes é visto como uma mera jogada para ganharem tempo de desenvolver melhor histórias passadas ou simplesmente tapar o famoso ” buraco” deixado. One Tree Hill conseguiu avançar cinco anos na história, porém o fez bem, rendendo uma quinta temporada madura e evoluída, mesmo deixando algumas lacunas no processo. Depois de uma quarta temporada aceite pela crítica, Lost rendeu três anos à frente em sua história, deixando os fãs preocupados, pois seria essa uma tática para nos enrolar mais ainda ou de fato iríamos entender os mistérios que se alojam na ilha? Contrariamente, vimos que as donas de casa de Wisteria Lane se perderam na cápsula do tempo, conseguindo banalizar sua história e por consequência disto, perder a credibilidade com seu fiel público.

3 – Flashback e Forward: Estas duas formas de narrar acontecimentos podem ser muito boas para a história, mas também podem fazer os fãs arrancar os cabelos de tão mal aproveitados que são. O mais recente exemplo disso é Heroes, que na sua terceira temporada conseguiu criar um episódio péssimo, intitulado 1961. E foi péssimo por dois motivos: não contribuiu para a narrativa principal e ainda mostrou erros de continuidade tremendos. Esse é um dos aspectos que me faz não gostar muitos de flashbacks e flashfowards, pois cria uma sensação de que os roteiristas não pensam enquanto escrevem algo do gênero. Mas é importante refletir mais uma vez que isso essas duas técnicas não é algo que odeio em todas as séries, mas apenas em algumas, como a mencionada acima. Afinal de contas, os episódios do futuro de Heroes concretizaram-se na realidade? Não! Bem que Heroes podia ter umas aulas particulares com uma tal série chamada, LOST.


4 – O eterno “Agora ou Nunca” dos casais principais: Esse talvez seja um dos que mais nos irritam, o famoso nasceram para ficar juntos mas não ficam. Nutrimos uma relação de amor e ódio por esses casais, pois nos sentimos parte integrante da relação: Mer e Derek, Peyton e Lucas, Clark e Lana. Cada qual com sua complicação para não dar continuidade ao relacionamento, seja por diferenças no trabalho, sentimentalismos, medo de compromisso, destino, ciúmes, opiniões contraditórias ou simplesmente a pura enrolação que nos deixa extremamente irritados e esgotados. Alguns casais, como Clark e Lana faziam tudo parecer tão complicado, devido a condição de Clark na terra, vimos que sempre pareceu ser a melhor escolha eles ficarem separados. Amores controversos e tumultuados sempre marcaram presença nos corredores do Seattle Grace, ainda mais quando o nome Meredith e Derek está no topo desta lista. Lucas e Peyton, eram o casal que viveu sempre do nunca durante os tempos de escola. Passado o tempo, veio o amadurecendo e cura para antigas feridas, possibilitando viver intensamente o agora.

5 – Os estereótipos: Que sociedade dividiu “melhor” os diferentes tipos na qual ela representa? Vivemos nos deparando com o nerd apaixonado pela garota popular (Seth Cohen X Summer Roberts), a garota que todos os caras querem e todas as outras invejam (Brooke Davis), o casal inesperado (Nathan Scott e Haley James), os triângulos amorosos (presentes em grande parte das séries), romance garoto e mulher mais velha (Nate Archibald e a Duquesa), romance aluno e professora (Dan Humpfrey e Ms. Carter), o filho ilegítimo (Ryan Lafferty), a cheerleader com conteúdo (Claire Bennet), a “bitch cheerleader” (Quinn de Glee), o garoto “outsider” (Ephram Brown), a queridinha do papai (Annie Wilson) e o esportista com um sonho (Finn de Glee). Podemos perceber que esses personagens estão presentes em sua maioria dentre as séries adolescentes, devido ao público que atinge e por formarem opiniões, mesmo que muitas delas de forma equivocada.


6 – A paranóia terrorista: Desde os ataques de 11 de setembro, essa temática tomou grande proporção na televisão norte-americana, principalmente ditando o combate ao terrorismo como espelho da implantação do caos. Jack Bauer e suas 24 horas são o puro exemplo desses acontecimentos: armas nucleares, facções religiosas, organizações criminais, agentes duplos, conspirações governamentais e escândalos políticos, entre outros. Jericho fez uma aposta menos gananciosa, porém parecida, narrando a vida de uma população do Kansas, sobrevivente de uma fatal explosão nuclear.

7 – A volta dos que já foram: Dar a vida novamente aos que já morreram é, de certa forma, quando revivem uma personagem que agrada os telespectadores pode soar como algo positivo, porém o problema é quando trazem pessoas indesejáveis de volta a vida. Mais uma vez a série que mais peca nesse ponto é Heroes e as suas constantes ressurreições. A série chegou ao ponto ridículo em que a surpresa fica quando um personagem morto não volta ao mundo dos vivos. A terceira temporada foi a mais evidente, sendo o Matt e o Nathan apenas dois exemplos dos muitos que aconteceram. Também Prison Break decepcionou por causa disso e, apesar de não ser um estado tão odioso como Heroes, a verdade é que a volta da Sara e do Kellerman podiam ter sido evitadas.


8 – Os riquinhos de alma vazia: Os famosos mauricinhos que nasceram em berço de ouro, que sempre tiveram tudo durante suas vidas, porém não conseguem expor algo fundamental: sua verdade personalidade. Tornam-se a típica sombra de seus pais, alimentando o desejo reprimido dos patriarcas em continuar com o legado intocável, personagens estas que por vezes acham que dinheiro é a solução para tudo. Ser um Chamber e ou um Archibald pode ser um fardo, pois atrás de muito dinheiro vêm grandes responsabilidades. Evan é o filho mais novo, único herdeiro que ainda pode honrar o nome da família, torna-se uma espécie de investimento a partir do momento que assina um contrato de fundo de investimentos. Não sabem lidar com os problemas que o dinheiro pode trazer no seu relacionamentos. Ser um Archibald por sua vez pode mostrar o luxo e o lixo da noite para o dia e a ausência de individualidade faz com que uma personagem como Nate não se desenvolva totalmente.

9 – A longa e torturante pausa: O maior dos problemas enfrentados por nós, viciados em séries: a aterrorizante espera por novos episódios. Sabemos que existem as temporadas, o tempo para as filmagens, os contratos, as transmissões, análise da audiência e tudo isso, mas nada disto tira a ansiedade com nossas séries favoritas. Vivemos de especulações, alguns correm atrás e outros fogem dos famosos spoilers. Presenciamos a crise dos roteiristas que parou indústria do entretenimento e por consequência parou nossas vidas, cedentas pelo retorno de nossas séries e também a curiosidade dos novos shows que seriam produzidos. 24 optou pela estratégia de aguardar a crise passar e estrear fora do calendário a nova temporada. Chuck que rendeu bons sustos aos fãs com o mistério da renovação/cancelamento, revelou seu curto retorno (13 episódios) para o ano que vem, mas apenas em Março (ou seja, quase um ano sem a série). E a pior espera sem dúvida será para a última temporada de Lost, com estréia prevista somente para Janeiro de 2010. Não há coração que aguente tanta espera!

10 – O amigo e inimigo telespectador: Responsáveis diretos e indiretos pelo sucesso ou fracasso das séries. Aqueles que ligam seus televisores de segunda a domingo e rendem as grandes, médias e pequenas emissoras os índices positivos e negativos de seus principais shows. Séries originais que são nitidamente incompreendidos aos olhos dos norte-americanos, fazem do cancelamento de Pushing Daisies uma das maiores injustiças já cometidas. A mídia supervaloriza algumas séries que nem sequer correspondem a metade do que foi previsto e outras que merecem extrema atenção passam desapercebidas, a exemplo de séries teen, como a massiva e apelativa propaganda do canal fechado CW sobre Gossip Girl e o singelo desenvolvimento do canal aberto ABC Family em Greek.
 


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