Beatles estreia em formato digital por conta própria

09-11-2009 15:43

O Link descobriu na semana passada um pequeno serviço de distribuição de música digital que parecia ter conseguido sucesso onde muitas grandes empresas tentaram e fracassaram: vender as músicas dos Beatles em formato digital.


Por alguns dias, o site Bluebeat ofereceu toda a discografia do quarteto mais famoso de Liverpool por módicos US$ 0,25 a faixa. Somando a esse preço mais US$ 0,30 em taxa de serviço, e o custo final chega a cerca de R$ 1 por música.


Com o preço do disco oscilando em torno dos R$ 35, podia-se argumentar uma economia de mais de 50% na compra dos arquivos MP3. E, certamente, um preço mais baixo que os US$ 0,99 normalmente cobrados pelo iTunes.


Mas bastou que começasse a polêmica para a gravadora se manifestar. O Bluebeat não tinha autorização para negociar as canções e, até o fechamento desta edição, o site estava fora do ar. A EMI divulgou no fim da semana uma nota oficial sobre o caso, afirmando que não existia acordo entre a gravadora e o site e que as medidas legais cabíveis seriam tomadas.


A EMI já foi apontada pelo próprio Paul McCartney como maior entrave nas negociações da distribuição digital do catálogo dos Beatles. Acredita-se que a gravadora esteja exigindo uma porcentagem por música maior do que o habitual na indústria, e que os Beatles e seus representantes diretos não estariam dispostos a pagar.


O protecionismo da EMI sobre um de seus mais valiosos catálogos encontra justificativa na comoção que um lançamento dos Beatles ainda causa no mundo da música. Na última quarta-feira (4) o site oficial dos Beatles apresentou um modelo de pendrive no formato da maçã que é logotipo da Apple, o selo criado pelos Beatles em 1968. O pendrive traz toda a discografia da banda em MP3 320 Kbps e FLAC 24-bit, além de arte original e mini-documentários. Com edição limitada em 30 mil peças, o pendrive – vendido online por 200 libras (R$ 570) – já esgotou.


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