Globo lança nova temporada de "Ó Paí, Ó"

06-11-2009 17:40
Globo lança nova temporada de "Ó Paí, Ó"
 
O Pelourinho está em festa, os batuques se aproximam e as baianas preparam imensas panelas de acarajés e cocadas. Localizado em uma das esquinas mais conhecidas da cidade, próximo à Casa de Jorge Amado, o bar de Neuzão (Tânia Toko) reabre as portas para os seus fiéis frequentadores e em qualquer canto do coração de Salvador pode-se ouvir a voz de Roque (Lázaro Ramos) afinando seu violão para a segunda temporada de "Ó Paí, Ó".
A série estreia dia 13 de novembro trazendo de volta o deboche e a irreverência do povo soteropolitano e participações especiais de Deborah Secco, Luana Piovani, Luis Miranda e Carlinhos Brown.
Salvador, na Bahia, se transformou em palco para as filmagens da segunda temporada de "Ó Paí, Ó" entre agosto e setembro deste ano. Feita em película 16mm, com texto de Guel Arraes, João Falcão e Adriana Falcão e direção geral de Monique Gardenberg, a série conta a história do cotidiano dos moradores de um animado cortiço do centro histórico da cidade.
"Nesta temporada, Guel achou interessante experimentar o uso de um tema central que percorresse todos os episódios. Dessa forma, além das tramas paralelas de cada programa, sempre estará presente, e em evolução, o comprometimento do cortiço onde moram quase todos os personagens", afirma Monique, que dividiu a direção com Mauro Lima, Olívia Guimarães e Carolina Jabor. O quarteto esteve junto na primeira temporada e novamente se divide em quatro diferentes episódios.
A musicalidade assume papel de destaque na série, que leva para a tela um pouco da cultura baiana. "Em 'Ó Paí, Ó', a música não é apenas o pano de fundo das histórias, mas atua como os personagens. Monique Gardenberg é uma grande diretora de musicais e consegue integrar a trilha sonora ao roteiro", elogia Guel Arraes.
Para os novos episódios, Lázaro continua fazendo aulas de canto para adaptar seu timbre de voz ao do protagonista, que é mais agudo por ser um cantor de trio elétrico. Ele também gravou em estúdio três canções que estarão presentes no programa: "Refavelafro" (Aloysio Menezes, Portela e Silvino Neto), "Dim Dom" (Nizan Guanaes e TH Silva) e "Black or White" (Michael Jackson e B.Bottrell), esta última uma homenagem de Monique ao astro internacional: "O terceiro episódio trata do racismo e nele Roque será convidado para cantar para um grande público. Quando li a história, Michael tinha acabado de falecer e pensei que podíamos fazer uma homenagem bacana com a música 'Black or White'. Lázaro e Olívia Guimarães, diretora do episódio, compraram a ideia na hora. Bolamos juntos uma fala emocionada e engraçada para introduzir a canção", explica. A trilha conta, ainda, com canções de artistas como Falamansa, Arto Lindsay, Seu Jorge, Cortejo Afro e Gilberto Gil, e a participação de Carlinhos Brown.
Os personagens centrais passaram por mudanças sutis para esta nova fase. "Roque está mais falho. Ele abre mão de alguns valores pensando que assim vai alcançar a fama. Antes, ele era mais ‘caxias’, não se desvirtuava. Agora sempre erra, o que o deixa mais complexo", revela Lázaro Ramos.
Também estão no elenco Matheus Nachtergaele, Aline Nepomuceno, Lyu Arison, Luciana Souza, Lázaro Machado, Tânia Toko, Edvana Carvalho e o Bando de Teatro Olodum. A série tem, ainda, participações especiais por episódio com os atores Luana Piovani, Deborah Secco e Luis Miranda e o cantor Carlinhos Brown.
"Fiquei muito feliz em poder contracenar com grandes atores em um lugar lindo como é a Bahia. Minha personagem, a Patrícia, é uma burguesinha. Ela quer dar uma força a Roque, mas não entendeu quais são os gostos dele. Por isso, decide produzi-lo a sua maneira e, como ele é uma pessoa muito interessante, se sente atraída e acaba mexendo com os sentimentos dele também", explica Luana.
Queixão (Matheus Nachtergaele) é outro que está de volta cheio de novidades, e as mudanças do personagem influenciaram o cenário da produção. Após se casar com Dona Joana (Luciana Souza), ele se converte e passa a se chamar Moisés. Ao lado da esposa, administra o cortiço e tem a ideia de aproveitar o espaço para construir seu próprio templo. Devido à instabilidade do prédio que está prestes a desabar, acaba nomeando sua fundação de "Templo do Tremor Divino". O produtor de arte Hélcio Pugliese explica que esta é a principal mudança na cenografia: "Seguimos a mesma proposta do ano passado, filmando em espaços reais e muito pequenos, e abusando de cores densas", afirma.

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