ucesso às 19h, 'Caras & bocas' chega ao fim com final feliz na vida real para o macaco Xico

04-01-2010 21:47

RIO - Discutir o que é arte e o que não é, com direito a um macaco pintor: "Caras & bocas" parecia ser uma aposta arriscada. Mas qualquer temor em relação ao desempenho da trama das 19h, assinada por Walcyr Carrasco, foi por terra diante da empatia com os telespectadores. No ar desde 13 de abril, a novela chega ao fim na sexta com alguns desfechos já delineados: Dafne (Flávia Alessandra) e Gabriel (Malvino Salvador), os protagonistas, terão seu final feliz. Mas é Xico que terá a maior surpresa: na vida real, a macaca Kate, sua intérprete, se aposentará e irá para um "santuário de vida selvagem".

- A trama de Xico era ousada porque não sabíamos se um macaco seria capaz de conduzir um dos principais personagens da novela, com um atuação forte dentro da trama. Tivemos a sorte de conhecermos Kate, que teve uma profunda empatia com os atores e com o público. E aí a trama pôde ser desenvolvida como eu desejava - avalia o autor da novela, em entrevista por e-mail.

O GLOBO: Qual o balanço que você faz de "Caras & bocas"? A que você credita o sucesso da novela?

WALCYR CARRASCO: É um trabalho que me deixou muito contente. Foi uma delícia escrever, conviver com o Jorginho (Fernando, diretor-geral), o elenco, a produção. Foi também uma novela que propôs um desafio atrás do outro, e isso sempre me estimula muito. Na minha opinião, um dos grandes motivos para o sucesso foi justamente essa harmonia existente em toda a equipe. Nós todos gostamos muito de fazer a novela, acreditamos na história e oferecemos nosso melhor.

O GLOBO: A aposta na comédia, com atores como Fábio Lago e Marco Pigossi, também foi um dos pontos altos de "Caras & bocas". Quem mais você acredita que tenha se destacado neste sentido na trama?

CARRASCO: Não gosto muito de avaliar o desempenho de atores porque posso cometer injustiças. Ainda mais em uma novela onde todos renderam, tiveram momentos brilhantes. Acho que vale a pena citar, obviamente, Isabelle Drummond, Miguel Rômulo e David Lucas.

O GLOBO: O ritmo ágil, de seriado, com tramas que se fechavam a cada semana, também funcionou muito bem, não é? Quais seus próximos projetos?

CARRASCO: Prefiro dizer que o ritmo ágil foi uma característica minha nesta história, e que será também em outras tramas que peçam essa agilidade. Também já escrevi tramas mais tradicionais, com um "tempo" mais lento. Tudo depende, para mim, do estilo. E nesse momento, meu único projeto é viajar, lançar uma coleção de livros infantis chamada "Todos juntos", que sairá pela Editora Ática em janeiro, e escrever um romance.

O GLOBO: Avaliando a novela nesta reta final, você enxerga algum ponto baixo?

WALCYR CARRASCO: Ah, desta vez não aconteceu 


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